Segue abaixo uma breve passagem sobre os tipos de colesterol.
Como se trata de uma substância gordurosa, o colesterol não se dissolve no sangue; é igual a gotas de óleo na água. Portanto, para viajar através da corrente sanguínea e alcançar os tecidos periféricos, o colesterol precisa de um transportador. Essa função cabe às lipoproteínas que são produzidas no fígado. As principais são:
- VLDL (Very low-density lipoprotein)
- LDL (Low-density lipoprotein)
- HDL ( High-density lipoprotein)
O LDL transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos. O VLDL transporta triglicerídeos e um pouco de colesterol. O HDL é um transportador diferente, ele faz o caminho inverso, tira colesterol dos tecidos e devolve para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos.
Enquanto o LDL e o VLDL levam colesterol para as células e facilitam a deposição de gordura nos vasos, o HDL faz o inverso, promove a retirada do excesso de colesterol, inclusive das placas arteriais. Por isso, denominamos o HDL como colesterol bom e o VLDL e o LDL como colesterol ruim.
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Em seguida, postarei para vocês, como equilibrar o colesterol e como a atividade física e a nutrição podem nos ajudar.
Um estudo da Universidade Nihon, no Japão, constatou: homens que repousam cerca de oito horas por noite correm menos risco de ficar com o LDL nas alturas. Até porque quem dorme pouco sente-se cansado durante o dia e tende a tornar-se sedentário, diz a especialista em sono Sônia Togeiro, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Não se exercitar, de fato, é um gatilho para gordas taxas de LDL e níveis modestos de HDL, a versão protetora de transporte de colesterol.
Sem atividade física fica difícil, quiçá impossível, regular esses índices. O hábito de praticar exercícios aeróbicos, como a corrida, o tênis e a natação, levanta as doses de HDL e ajuda a passar uma rasteira nas de LDL.
Pesquisadores do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Incor, descobriram que suar a camisa não apenas altera o número das partículas que carregam o colesterol. O exercício melhora também o funcionamento delas, revela o cardiologista Antonio Casella-Filho.
O médico do Incor submeteu pacientes com síndrome metabólica um conjunto de males que reúne barriga avantajada, pressão alta, glicemia descontrolada e altos níveis de LDL a 40 minutos de bicicleta ergométrica três vezes por semana. Depois de três meses, sua equipe notou modificações nas proteínas que carregam o colesterol. As moléculas de LDL pequenas e densas, que penetram mais facilmente na parede das artérias, tornaram-se maiores e mais leves, conta. Nesse novo formato, elas deixam de ser tão nocivas às artérias. As pedaladas também ajudaram a aprimorar o trabalho do HDL, que, mais ativo, recolhe com maior eficiência o excedente de colesterol dos vasos. Com o tempo, os níveis dessa fração podem subir cerca de 15%, calcula Casella-Filho.
O exercício físico apresenta ainda o benefício de apaziguar a ansiedade. E botar as rédeas na tensão é mais uma estratégia para conquistar níveis mais generosos de HDL a recomendação é que eles estejam acima de 40 entre os homens e acima de 50 entre as mulheres. Segundo o endocrinologista Amélio Godoy, o estresse crônico dispara alterações hormonais que abrem caminho ao acúmulo de gordura, à escalada da pressão e, adivinhe... a alterações na linha de montagem do colesterol. Nesse cenário, passam a prevalecer as moléculas de LDL pequeninas e pesadas os melhores ingredientes para a placa que sufoca o vaso.
Colesterol na medida exige também uma dieta equilibrada. Nem mesmo as pessoas que apresentam doses mais humildes de LDL têm passe livre para se empanturrar de alimentos ricos em colesterol, como ovos e camarões. Em contrapartida, não é saudável bani-los do cardápio, já que a ordem é ter taxas em equilíbrio. O que todos deveriam maneirar seria no consumo de carnes vermelhas e de alimentos cheios de gordura trans por exemplo, biscoitos recheados, orienta a nutricionista Alessandra Macedo, do Incor. Para quem já sofre de doença cardíaca ou tem LDL de sobra, esse conselho vira um mandamento (veja quadro abaixo). O bom negócio é temperar o cardápio com as gorduras monoinsaturadas do azeite e as poliinsaturadas dos peixes, e completá-lo com as sempre bem-vindas frutas e verduras. Medidas como essas, simples, mas que cobram nosso esforço, ajudam a manter o colesterol ajustado. Nem nos céus nem muito menos à beira da extinção.
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